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segunda-feira, 4 de abril de 2011

A MISSÃO BÍBLICA DA MULHER CRISTÃ

Análises sucintas e superficiais ao texto bíblico de GN 2.18 - 24 que trata do projeto divino para a formação da mulher; tem sido o grande desfiladeiro por onde irresponsavelmente ao longo dos anos fizeram descer disseminações de doutrinas negativas e infundadas sobre a nobre e importante missão que Deus, na Sua multiforme sabedoria designou para as mulheres, na sua trajetória terrena. Diferente da perspectiva machista de que cabe às mulheres a resumida tarefa de (sentindo dores) gerar filhos e cuidados do lar, o texto bíblico nos apresenta, numa exegese avançada, corroborada pela perspectiva teleológica (do propósito, objetivo ou finalidade), a importância do papel feminino na vida do homem, da família e da sociedade em geral.
No arrazoar da santíssima trindade exposto no inicio do texto, dando conta de que: “Não era bom que o homem estivesse só”; somados às declarações notáveis do papel feminino de adjutora, que significa auxiliadora, ajudadora, apoiadora, ou ainda, aquela que estaria ao lado do homem em todas as situações ou circunstancias, assistindo-o nos momentos doces ou amargos da vida, começamos a perceber que a importância das mulheres não é nada pequena.
Por falta de análises responsáveis, muitos ainda não se aperceberam de que, por parte do Criador nunca houve nenhuma predileção ou tendência que determinasse grau de superioridade ou inferioridade entre o casal; para Este, ambos estavam em pé de igualdade, aptos a desfrutar de tudo o que lhes fora dignamente proposto. No entanto, na Sua onisciência, Deus já percebia certa disputa, queixa ou reclamação no coração de Eva; querela esta que a levaria mais tarde (após a queda) a ouvir do Eterno a sentença de juízo mais dolorosa que as mulheres já puderam ouvir: “O teu desejo, (de dominar) será para o teu marido e ele te dominará”. A partir dessa sentença, veio então a estigmatização da qual são as mulheres injustamente, ainda vitimas nos dias de hoje. Digo injustamente, porque, com o advento da morte de Cristo no calvário, foi rasgada a cédula da servidão e as mulheres cristãs, voltaram a seu estado original.
Atendo-nos, no entanto, ao projeto original de Deus para as mulheres, vislumbramos nele três pontos importantes sob os quais nos debruçaremos a seguir. Estes sustentam na vida dessas valorosas guerreiras, a responsabilidade missionária que vai, da simples companhia ao marido, ao papel subjetivo, porém, indispensável de “servir-lhe de muralha”. A partir desses pressupostos, trabalharemos para desmitificar a teoria eixegética (interpretação bíblica que atribui interesses próprios ou, interpretação de textos em favor de seus objetivos); de que as mulheres ainda estão sob a maldição do Éden e, conseqüentemente debaixo do pesado jugo masculino e não carregando igualmente aos homens, o jugo suave de Cristo que é a lei do amor.
1. COMPANHIA.
A expressão “não é bom que o homem esteja só”, revela a preocupação de Deus com o estado de solidão em que se encontrava o homem que criara; razão que levou O Senhor a provocar no homem o desejo de ter ao seu lado uma companheira, como tinham os demais animais que fez passar diante dele, sob o pretexto de que lhes pusesse nomes. Quando o homem, entendendo a mensagem divina, suspirou manifestando sua inquietação por encontrar-se só, a bíblia diz que Deus, imediatamente o fez dormir e, enquanto dormia o fez sonhar com uma linda mulher. Deus o cirurgiava e, da sua costela preparava-lhe o grande presente, o qual com grande brado recebeu ao despertar do seu sono: “Esta é agora, carne da minha carne e osso dos meus ossos, será chamada varoa, porquanto do varão foi tirada”; ficando como recíproca, o dever do homem, deixar o seu pai e a sua mãe, para unir-se a sua companheira.
Banindo a solidão, estaria O Senhor legitimando o primeiro grande passo da importante missão bíblica para a mulher, dádiva jamais alcançada pelo homem sem a participação desta. E não podemos nos deter somente no campo subjetivo da companhia, mas principalmente na eficácia que ela carregaria em seu bojo, como por exemplo:
- Comunhão no culto divino,
- Complementação sócio-afetiva,
- Perpetuação da espécie humana,
- O estabelecimento de regras sociais,
- Oportunidade de socialização das alegrias ou dissabores.
- Protagonização do projeto divino da organização universal.

Fica provado, bíblica, empírica e cientificamente que, sem a presença da mulher nenhuma destas premissas se sustentariam e, o mundo não teria definitivamente dado certo. Portanto, querer suplantar a importância da missão bíblica das mulheres é equivocadamente e inutilmente procurar solapar uma realidade da qual não podemos jamais nos furtar.

2. AJUDA.
Levando em conta um estudo sistemático, analítico e discriminativo do texto sagrado em questão, encontramos em escala linear, a segunda grande missão bíblica destinada à mulher a partir do planejamento da sua formação: “Far-lhe-ei uma adjutora...”. Adjutora significa auxiliadora, ajudadora, apoiadora; aquela que vai estar ao seu lado em todas as situações ou circunstancia que a vida venha a lhe oferecer; sejam momentos de alegria ou tristeza, saúde ou doença, fartura ou escassez, bonança ou adversidade, honra ou opróbrio, apoiando-o em todos eles.
E, não obstante toda a estigmatização sobre elas derramada injustamente, numa atitude de superioridade, não retribuem esse mal com outro, ao contrário, estão sempre com as santas e cansadas mãos estendidas para seus esposos, filhos biológicos e do coração, sem prescrever pagas, recompensas ou dons. Quer saboreando o mel ou a acidez do vinagre, sendo honradas ou sofrendo a vergonha de afrontas, elas tem se postado como verdadeiras ancoras que sustentam o navio no dia das tempestades.
A ajuda é coisa inata da mulher, imanente, própria da sua formação na perspectiva divina. É por isso que elas são incansáveis e invencíveis, às vezes até, obstinadas no amor. Salomão, que foi o homem que mais mulheres possuíu, declarou em um dos seus escritos: “Quem acha uma mulher, achou um grande tesouro”.

3. MURALHA.
Quando lemos a parte do texto bíblico que diz: “Que esteja como diante dele”, isto significa; que lhe sirva de muralha. No projeto original da constituição da mulher, constava já a prerrogativa desta, de servir-lhe de muralha, papel que a mulher desempenha inconscientemente, movida pela força da natureza que lhe é intrínseca.
A muralha tem como prerrogativas alguns pontos que merecem ser sublinhados, a fim de chamar à nossa atenção, como por exemplo:
• Demarcar território (esta é uma propriedade que já possui dono);
• Estabelecer limites (não ultrapassar a muralha, propriedade particular!);
• Proteger a propriedade (dos animais do campo e de homens roubadores);
• Propiciar privacidade (impedir que os de fora, vejam ou saibam o que se passa na casa);
A partir dessas perspectivas podemos citar exemplos bíblicos de mulheres que, se comportaram ou não como muralhas diante de situações vivenciadas por seus maridos.
• A sulamita demarcou o seu território ao afirmar: “Como a macieira entre as arvores da floresta, assim é o meu amado entre os outros homens, eu me sinto feliz em seus braços, e os seus carinhos são doces para mim”.
• Estabeleceu limites quando, em tons imperativos bradou: “O meu amado é meu e eu sou dele”;
• Protegeu a propriedade ao exclamar: “Filhas de Jerusalém, prometam e jurem, pelas gazelas e pelas corças selvagens, que vocês não vão perturbar o nosso amor”;
• E manteve a privacidade da relação ao ponto de receber o elogio do noivo ao afirmar que ela era um jardim fechado. Corroborando sua própria afirmação, inserida no capitulo oito versículos dez, quando, em resposta à indagação de retórica de seu irmão responde: “eu sou uma muralha e os meus seios são como suas torres”.
Mas, infelizmente esta não tem sido a sorte de muitas mulheres que, ao contrario da Sulamita, que fechou todas as portas, muitas têm deixado em extrema exposição aqueles a quem deveriam proteger. A bíblia menciona, de forma implícita, a costumeira prudência da esposa de Noé; seja no cumprimento do seu papel de mãe ou esposa, quanto no de companheira fiel ao lado do homem que se deixava guiar por uma teofania desdenhada pela grande maioria. Em momento algum lemos sobre incredulidade, desrespeito ou desdém de sua parte, àquilo que a população em massa chamava de, a loucura de Noé (fabricar uma embarcação de tamanhas proporções em plena terra seca) e humanamente falando com certa doze de razão; no entanto, quando este mais precisou da sua proteção (ao embriagar-se e despir-se), não sabemos onde ela se havia metido. Simplesmente, deixou que Noé ficasse despido e sua nudez fosse vista pelo seu segundo filho, acarretando-lhe maldição atroz, capaz de respingar as gerações seguintes, chegando até aos dias de hoje.
Finalizo este arrazoado, perguntando às nossas ilustres e céleres mulheres, como tem sido seus comportamentos diante das situações mais adversas que tem se apresentado no seio dos seus lares? Tens agido como Abigail, que ao tomar conhecimento de que toda a geração do sexo masculino da sua casa expiraria pela mão de Davi, em face ao ódio despertado pela estupidez do seu marido; ou abraçado uma postura de passividade, acrescida de fortes doses de indiferenças aos perigos que rondam o teu maior patrimônio? Ou quiçá, na força do ímpeto da tua estupidez, deixado a desgraça e o infortúnio, assenhorearem-se de tudo o que com sacrifício ajudastes a construir. As respostas às perguntas de retórica, acima apresentadas, haverão de assinalar o nível de responsabilidade abraçado por cada mulher.
A última década foi marcada por atitudes distintas adotadas em casos semelhantes por duas notáveis mulheres: a primeira, ignorando as prerrogativas aqui elencadas, preferiu denunciar seu marido, expondo-o ao escárnio público; enquanto que a segunda, preferiu sofrer a vergonha do fracasso do marido, enfrentando um congresso conservador e uma sociedade purista, o que resultou em anistia do marido e sua notável elevação, vindo a ser hoje, a mulher com o cargo mais desejado dos Estados Unidos da América; enquanto da primeira, poucos são os que pelo menos se atrevem a citar-lhe o nome.

Slides da Familia Rodrigues

 
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